Capítulo 07
O começo de uma nova aventura.
Uma forte energia emanou do arcanjo
que estava em sua forma celestial, olhava com fúria para o demônio e o seu único
pensamento era de destruí-lo, vingar a morte de seu amigo.
Agares estava atento sabia que antes
o arcanjo estava fraco devido sua forma humana, porém agora estava revigorado
na sua forma verdadeira o que era um problema.
_ Não ache que irá me derrotar, só
porque assumiu sua verdadeira forma.
Uriel olhou fixamente para Agares,
seus olhos cor de cinza, como as nuvens de uma tempestade, seu corpo emitia uma
energia ameaçadora, estava no seu ápice de poder.
_ Não pretendo te derrotar, não
pretendo te banir, pretendo acabar com sua existência para que nunca mais venha
a fazer o mal, prepare-se demônio, pois sua morte está diante de você.
Dito isso uma espada de luz surgiu
na mão direita de Uriel e um escudo em seu braço direito.
_ Vai usar as armas celestiais,
interessante, mas não ache que você é o único que estava em sua forma humana.
Um brilho negro circulou Agares, que
adquiriu asas que lembrava muito a de Gárgulas, seu rosto adquiriu uma feição
mais ameaçadora, sua foice adquiriu outra forma, seus olhos ficaram vermelhos
feito o sangue que corre nas veias humanas, estava em sua forma de demônio,
pois vira que a batalha era séria.
_ Venha arcanjo, vingue-se da morte
do reles humano, ou melhor venha para sua morte.
Uriel olhou para Klaus e Helena, ambos
ouviram uma voz em suas cabeças.
“Obrigado por tudo, foi um prazer
conhecer vocês, adeus...”
Antes que pudessem reagir, um círculo
mágico surgiu embaixo dos dois e embaixo do corpo de Nóe, os três foram
mandados de volta ao instituto através de uma magia de teletransporte de Uriel.
_ Agora somos só nós Agares, vamos
acabar logo com isso.
Tomando impulso, o que fez levantar
uma nuvem de poeira, Uriel foi com tudo para cima de Agares, com a espada em
mãos deferiu um golpe que foi bloqueado com maestria pela foice do demônio.
Em um movimento rápido a foice
cortou o ar, mas Uriel usou seu escudo para se proteger o que foi bem em tempo.
Agares saltou para trás, recitou um
encantamento e lançou uma espécie de nuvem negra contra Uriel, que ergueu sua
mão frente ao corpo e desfez o encantamento com a mesma rapidez que lançou uma
lança de luz contra o peito de Agares.
O demônio não foi surpreendido e
saltou para desviar, porém acima de sua cabeça surgiu um círculo mágico com
runas e um símbolo que representava a floresta.
_ Das florestas do sul vieste, a ti
recorro novamente, porém venha ao meu auxilio rei de todos os entes, mostre a
esse incrédulo o teu poder, abra portão da floresta e deixe sair àquele que vai
me auxiliar, FLAUROS!
Um enorme ente saiu do portão,
prensando Agares ao chão com um forte impacto, não era um simples ente, era o
rei de todos, aquele que tinha o conhecimento de toda a magia que
percorria pela terra, Flauros. Seu tamanho era imensurável, seu corpo era de um
carvalho velho, porém coberto de flores de diversas espécies, seus braços e
pernas tinham em torno de trinta metros de comprimento e vinte metros de
diâmetro, sua altura chegava à casa dos cinquenta metros e seu poder era
inigualável.
Agares não conseguiu se erguer do
chão, uma forte magia o prendia a terra, magia feita pelo próprio Flauros.
Uriel se aproximou do demônio, olhou
fundo em seus olhos e sorriu.
_ Nunca mais irá ferir a menor
criatura que existe em terra, nunca mais irá ver o brilho do fogo que percorre
todo o inferno, sua existência nunca mais será lembrada, criatura repugnante,
isso é por Noé.
Erguendo a espada e cravando ela na
cabeça de Agares que começou a emitir um brilho branco que saia de seus olhos e
boca, seu corpo se incendiou, seu ser virou pó, sua existência fora extinguida.
Uriel olhou para Flauros e agradeceu
com um aceno de sua cabeça, o rei dos entes se desfez em uma lufada de vento e
voltou ao seu mundo.
Uriel ficou olhando para o
horizonte, como se soubesse o que deveria fazer, Agares era somente o primeiro
dos demônios que saíra do inferno para este mundo, porém existia uma forma de
ajudar todos àqueles que lutavam contra o mal, encontrar o portal que levava a
outro mundo.
Como se já conhecesse o feitiço,
Uriel começou a recitar em palavras baixas, como se cantasse.
“O vento soprou do norte, o calor
pode ser sentido, a tua grandeza foi exposta pela última vez em um tempo de
reis, teu local é um segredo e somente eu sei te encontrar, abra para mim,
portão de Meliandre.”
Um portal se abriu a frente de
Uriel, estava ali o tempo todo, esperando ser chamada, a morte de um amigo fora
necessária para que seu poder despertasse e seu conhecimento retornasse, sem
isso não poderia abrir o portão, sem isso não poderia ajudar a todos.
Uriel lançou o sinal que
deveria ser usado quando encontrasse o portal, muitos portais automaticamente
começaram a surgir ao seu redor, diversas pessoas começaram a se acumular, umas
com ferimentos de batalhas, outras intactas, os últimos a chegar foram os magos
dos institutos, que ficaram o tempo possível longe auxiliando todos na
travessia.
Tonos se aproximou de Uriel e se
reverenciou diante de suas asas.
_ Não há necessidade disso, vidas
foram perdidas, somente fiz o meu trabalho de protetor de seu mundo, porém devo
dizer que o fim é chegado e está na hora de partir, sigam para esse novo mundo,
aprendem os costumes, acostumem-se ao mundo sem magia, vivam suas vidas sem os
medos que aqui ficaram, sejam livres e felizes, afinal esse era meu destino,
essa era minha missão.
Dito isso Uriel irrompeu para o céu,
mas antes pode olhar para baixo e ver o rosto das pessoas do instituto que o
ajudaram, viu Helena e Klaus ambos olhavam para ele com admiração e
agradecimento, aos poucos as pessoas foram atravessando, aos poucos foram
deixando o seu mundo para um lugar desconhecido e cheio de novas aventuras.
O último a passar foi Tonos, que
deixou um arco e uma aljava ao chão.
_ Aqui descansa Noé, um jovem que
muito fez por nós e que um dia irá nos encontrar, pois seu caminho fora barrado
por um obstáculo chamado morte, mas sabemos que ele irá superá-lo e nos
encontrar aonde quer que estejamos.
O mestre se despediu de seu pupilo,
e adentrou o portal que se fechou.
Assim termina a história do
Instituto Helios Arcana, uma história de aventuras, magia e amizade.
Até a próxima...
FIM.
Por: Levigarian Bernard Baudelaire
(Douglas Alves)
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